Quinta-feira, 12 de Novembro de 2009

"Virei-lhe as costas amuada. Se quisesse ir embora que fosse. Eu não o tinha chamado lá. Que mania, a de informar-me dos infortúnios dele. Eu já tinha os meus.

Mas a sua pele não era fria nem irregular, nem a sua respiração me magoara ou me afectara a garganta, nem tão pouco me queimara os dedos.

Era suave como seda. E o bafo calmo, coordenado e morno como o meu. Nunca estivera tão próximo, sem haver conflito entre nós. Senti-lhe o perfume.

O que é que se passava comigo? Ele era um anjo negro... Mas eu começaca a vê-lo de outro modo. Afastei a ideia. De certa forma, enternecia-me a forma como ele me punha a par da sua trágica vida. O meu coração estava desnorteado."

 

Andreia, "Ascenção E Queda", Maria Fátima Soares

 

 

Vou falar-te de amor, embora me seja difícil descrevê-lo pois, julgo, apenas o sei sentir. Como posso explicar a aceleração que provocas nas batidas do meu coração? Como posso medir a velocidade com que o meu pensamento viaja assim que os meus olhos te vêem? Creio que não posso... Ambos! Tudo o que posso é tentar encontrar meia dúzia de palavras que pareçam adequadas mas nada posso prometer pois palavras só não chegam para ilustrar a tela da minha vida que tão bem sabes pintar. Gosto de ouvir a tua voz, mesmo quando é em sonhos ou em pensamentos secretos, a tua voz será sempre a luz que eu espero ouvir no fundo da escuridão. E se me dizes "bem-vinda", eu não quero saber onde estou, basta-me saber que queres que eu esteja.



publicado por mafalda às 12:23 | link do post | comentar

14 comentários:
De Sorriso a 12 de Novembro de 2009 às 16:34
Bonito! :) Gostei! Pena que o tempo te roube a escrita. Quero dizer, é pena que não tenhas tempo para escrever mais. Gosto imenso da forma como te expressas! Mas isso tu já sabes. ;)
Beijinhos


De mafalda a 12 de Novembro de 2009 às 21:05
:) obrigada!
és uma pérola (que saudades eu tenho de te chamar isso, eheheh)


De pingodemel a 13 de Novembro de 2009 às 10:36
sabes miguinha? acho que é exactamente por isso que os poetas nunca esgotam as palavras sobre o tema amor...porque nunca conseguem expressar exactamente o que sentem ... é como se os poemas fossem ensaios até conseguirem a verdadeira definição :)

e adorei a parte final do post ... é muito bom saber que somos "bem vindas"

beijinho e bom fim de semana


De mafalda a 18 de Novembro de 2009 às 15:06
olá, miguinha.
gostei da tua "teoria" :) cá para mim, nem todos os poetas conseguem a verdadeira definição mas isso é o melhor de tudo, é o que os leva a continuarem a escrever sempre mais e mais.

é bom saber que somos bem vindas... não interessa onde ;)
beijinhos.


De S a 13 de Novembro de 2009 às 12:49
o amor é tão dificil de descrever, ou até quase mesmo impossível, mas é tão bom de se sentir =)


De mafalda a 18 de Novembro de 2009 às 15:06
o melhor mesmo é preocuparmo-nos em senti-lo em vez de tentar defini-lo ;)


De S a 19 de Novembro de 2009 às 13:54
Exactamente =)


De mafalda a 19 de Novembro de 2009 às 21:20
estás a concordar comigo? isso não é normal! eheheh! estou a brincar ;)


De S a 20 de Novembro de 2009 às 14:59
Nem sempre pudemos estar de desacordo, ne? lol


De mafalda a 20 de Novembro de 2009 às 21:01
claro, claro ;)


De Caminhando... a 17 de Novembro de 2009 às 22:29
Olá Mafaldinha!

O amor de facto é dificil de ser explicado quando verdadeiramente sentido. As palavras por vezes não conseguem transparecer a intensidade do amor sentido.
Adorei as ultimas palavras do post. Tu de facto sente-lo e, soubeste muito bem exprimi-lo :)

Beijinho grande


De mafalda a 18 de Novembro de 2009 às 15:09
olá, joaninha.
és sempre tão querida! obrigada! :)
de facto, é muito, memso muito, difícil explicar o amor... mas o que interessa é saber senti-lo :)
beijinhos, minha querida.


De Tixa a 19 de Novembro de 2009 às 19:54
olá Mafalda

tão lindo :)

e é o que me acontece tantas vezes, querer escrever alguma coisa sobre o amor e parecer que, por muito que escreva fica tanta coisa por dizer... às vezes fica mesmo difícil escolhe-las...

beijocas grandes


De mafalda a 19 de Novembro de 2009 às 21:21
olá, querida.
tu escreves bem, aliás, muito bem sobre o amor... mas eu percebo quando dizes que parece que fica muita coisa por dizer.
beijinhos.


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