Sábado, 7 de Junho de 2008

 

319. Enterra-me

 

Pára a rotação da Terra, abre a tampa do caixão. Enterra-me! Cavaste um buraco no meu peito e levaste o meu coração. Não ficaste contente com isso e tiraste-me a alma; roubaste o meu espírito. Caça os movimentos dos pássaros, tira o ar que respiro. Enterra-me! Cobre o meu corpo morto e faz a última reza, confessa os teus pecados, com calma, não tenhas pressa. Levaste-me ao cemitério e despediste-te de mim; fechas os portões à saída, acabou, é o fim. Enterra-me.

 



publicado por mafalda às 13:43 | link do post | comentar | ver comentários (6)

Sexta-feira, 6 de Junho de 2008

 

197. Tormentos

 

Tenho a existência assombrada pela escuridão irreal, inexistente.

Escuridão que criei.

Fechei-me num espaço escuro, espaço fundo, sem fim.

Prendi-me à ilusão de um frustrado coração, que não pensa, que não sente.

Agora não sei como sair ou apenas conseguir que tudo seja um pouco mais fácil de suportar.

Um olhar, uma mão para ajudar, bastava.

Procuro por alguém mas não sei quem; talvez outra invensão por temer a solidão.

A verdade é que estou sozinha e lamento a falta de capacidade para encontrar uma saída.

É assim! É assim que deve ser.

Foi o que eu própria desejei, idealizei.

Onde estás é lugar onde posso procurar?

Imploro por um salvador que me acalme a dor.

Isto não foi planeado ou sequer imaginado.

A verdade é que preciso de alguém e sei bem quem.

Tu que estás aí, que te esforças por ouvir.

Estás disposto a ser cruxificado por quem não tem amor, por quem não sabe amar?

Porque tudo o que eu quero, agora sei, és tu e o teu brilho natural, com palavras doces e expressão de quem não faz mal.

Tu, com todos os defeitos e virtudes num baile onde não há música.

Tenho o pensamento preso a ideias não pensadas que sem custo são reveladas.

Tudo isto sem necessidade; aparente desilusão com alguma realidade.

Tenho a alma desfeita por não ter consciência daquilo que peço, da minha preferência.

Agora imploro para ser livre e não ter que voltar atrás, apenas quero sair deste buraco ou saber que sou capaz.

Nada disto foi planeado, escrito ou contado.

Não consigo! É difícil sair do esquecimento perdido.

Podes ser o meu salvador, anjo da guarda e ser superior?

A verdade é que a solidão é pesada...

Descobri que sem ti sou menos do que nada!

Permites-me relatar os acontecimentos, abrir o coração, confessar os sentimentos?

É que olho à minha volta e não te consigo ver, então chegam as lágrimas e o desejo de morrer.

Porque tudo o que eu quero és tu com o brilho no olhar, um sorriso infindável, braços abertos para me abraçar.

Tudo o que eu quero és tu e a capacidade de compreender, tu e só tu porque não me fazes sofrer.

Fui feita para partir, estilhaçar...

Vou desfazer-me em mil bocados impossíveis de colar!

 



publicado por mafalda às 13:31 | link do post | comentar | ver comentários (14)

Quinta-feira, 5 de Junho de 2008

Quis publicar um dos meus textos mas sabia que iria demorar a escolher qual deles...

Resolvi inventar...

Inventar frases... Sempre demora menos tempo do que estar a olhar para o caderno e passar palavra por palavra para o computador.

Não sei em que número vai, apenas sei que foi inventado neste preciso momento.

Apresento o resultado:

 

5??. Peso Do Mundo

 

Quando a vida passa à frente dos olhos

Não tenho vontade de agarrá-la

Ela agarrou-me com as suas forças

E eu vivo...

 

Nunca pedi este sentimento

Sentidos perdidos de um desejo inacabado

A morte nunca saiu de mim

Mas eu vivo

 

Vivo

Vou vivendo...

Sem regras ou preocupações

 

Vivo

Vou vivendo

Sem leis ou obrigações

 

Passei tempo de mais a desejar um outro mundo

E este desejo é meu e nunca vai acabar

Um dia poderei ser feliz e dizer:

"Mais não vivo"

 

E não vivo

Durmo...

Eterna e poderei descansar

 

Não vivo

Durmo...

Segura de mim e de uma dor que não sinto mais

 

Não quis ter vida, não pedi para tê-la

Mas acabei por ter e não me consigo separar

Não quis ter viva...

Mas quero tê-la

 

Quero morrer

E quero viver

 

Quero apenas ser eu

Sem o peso do mundo a cair-me nos ombros.

 



publicado por mafalda às 16:47 | link do post | comentar | ver comentários (12)

Quarta-feira, 4 de Junho de 2008

 

133. Tema Literário

Há flores que se ganham e flores que se perdem

Há flores inesquecíveis, são as flores eternas

Jóias de demais valor que resplandecem uma vida

Palavras não pensadas que iluminam a dor

São obras vastas de sentimentos livres e puros

Actos diários que transpõem qualquer ideia

E todos os momentos são especiais e distintos

Segundos de alegria, mestria, felicidade no ar

São tempos que não se apagam, não se esquecem

Almas vazias, preenchidas de surpresa e encanto

Sombras apagadas, luz acesa, vida que acalma

És mão no ombro, ombro de desabafo, compreensão

És sol e lua, espírito e corpo que me acolhe

Paz interior que reflecte o brilho do olhar, o sorriso

Anjo que do céu caiu e me ensina a arte de viver

Tema literário saído das páginas do meu coração

Linhas por onde descrevo a minha passagem pelo mundo

O livro fechado que quero abrir e ler, decifrar

És tu, sou eu; um único ser acolhido nos confins

Amo-te de corpo e alma, na vida, depois da morte...

 



publicado por mafalda às 13:18 | link do post | comentar | ver comentários (8)

Terça-feira, 3 de Junho de 2008

Como ontem não houve Rock'in Rio eu não tive de me chatear.... (é suposto isto ter piada)

Quem visitou o meu segundo blog sabe do que falo.

Estou calminha (outra piada!) por isso decidi partilhar esta espécie de poema.

 

 

131. Sonho Que Me Levas A Sonhar

 

Ao olhar para ti tudo volta a ser o que era antes

Não existe fúria, revolta, dor ou incompreensão

Ao olhar para ti sinto-me abençoada, sabes?

O sangue corre nas veias e faz bater o coração

 

Ao chamar por ti as palavras formam melodias

Doces temas encantados que matam as saudades

Ao chamar por ti, paixão e alegria ficam unidas

Num elo forte que nos abraça para a eternidade

 

Ao ouvir a tua voz um arrepio me percorre

E a tua doçura trespassa a alma, o meu ser

Ao ouvir a tua voz o infortúnio é a sorte

De te ter comigo e por ti estar disposta a morrer

 

Ao te sentir é como se a realidade fosse pedras preciosas

E acordo num sonho pouco possível de sonhar

Ao te sentir, no céu, anjos choram lágrimas graciosas

E a vida forma uma linha à qual nos podemos segurar

 

Ao olhar para ti nasce a certeza, a paixão e o amor

Ao chamar por ti sei que é do teu lado que quero ficar

Ao ouvir a tua voz desaparece o ódio, o sofrimento e a dor

Ao te sentir tudo é um sonho que me é possível sonhar.

 



publicado por mafalda às 10:56 | link do post | comentar | ver comentários (17)

Domingo, 1 de Junho de 2008

Hoje escolhi o texto número 86...

Escolhi um pouco à sorte, como é costume, e calhou-me um poema "light"... Muito lamechas.

Não vou dizer que não gosto, fui eu que o escrevi, é claro que gosto.

Mas... Espero que vocês gostem mais!

 

86. Razão Da Minha Dor

 

Às vezes a incerteza

Toma conta do meu coração

Será que é assim o amor?

Tudo em mim diz que te amo

Será essa a razão da minha dor?

Saudade é o que sinto quando não estás

Alegria é o que a tua presença traz

No meu coração estás sempre presente

Mesmo quando estás ausente

Talvez por assim te amar

Em mais nada consigo pensar

Sem ti a vida não tem sentido

O meu coração fica perdido

Quero-te abraçar, quero-te amar

Sem ti não posso continuar

 



publicado por mafalda às 11:24 | link do post | comentar | ver comentários (20)

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