O medo é o pior obstáculo que pode existir. Mesmo para quelas pessoas, como eu, que dizem nunca sentir medo mas sim apenas um certo receio, o medo está sempre presente.
Talvez ao dizer que não sinto medo, tenha medo de admitir que, afinal, sinto-o!
Hoje sei que o medo é um sentimento que anda de mãos dadas com todos os outros sentimentos.
Não amor sem medo.
Não há alegria sem medo.
Não há dor sem medo.
Não há tristeza sem medo.
Medo é uma palavra que de si já causa... Medo.
Mas qual será o pior medo?
Se eu fizesse uma lista (tipo "ranking") dos medos, em primeiro lugar colocaria o medo de não conseguir ultrapassar.
Quando não se ultrapassa, nem se tenta ultrapassar, um obstáculo, um amor acabado, uma perda, etc., a nossa vida fica como que estagnada e nada, mas mesmo nada, consegue suportar a estagnação.
O medo de não conseguir ultrapassar e o medo de arriscar são irmãos e, arrisco-me a dar o palpite, gémeos. Onde anda um, anda o outro.
É preciso arriscar para ultrapassar. É preciso saber procurar e, acima de tudo, é necessário ver (só "olhar" não serve).
Todo este palavreado para quê? Principalmente, para eu não me esquecer que ultrapassei ao arriscar.
E por trás da porta número dois está...?
Está todo um mundo.
Antes da musiquinha habitual, quero apenas desejar-vos bons feriados e boa festa (para quem festeja o St.º António). Já eu, nestes dois dias, vou "afundar-me" na blogosfera numa tentativa de visitar-vos a todos e ler com atenção os posts que ainda não tive oportunidade de ler.
Por falar em ler, e já que aqui estou, que livro(s) recomendam? Estou farta de virar as estantes ao contrário e não encontro nada que me chame a atenção.
Metalingus - Alter Bridge
I've been defeated and brought down
Dropped to my knees when hope ran out
The time has come to change my ways
On this day
I see clearly
Everything has come to life
A bitter place and a broken dream
And we'll leave it all
Leave it all behind
I'll never long for what might have been
Regret won't waste my life again
I won't look back I'll fight to remain
On this day
I see clearly
Everything has come to life
A bitter place and a broken dream
And we'll leave it all behind
On this day
It's so real to me
Everything has come to life
Another chance to chase a dream
Another chance to feel
Chance to feel alive
Fear will kill me
All I could be
Lift these sorrows
Let me breathe
Could you set me free?
Could you set me free?
On this day
I see clearly
Everything has come to life
A bitter place and a broken dream
And we'll leave it all behind
On this day
It's so real to me
Everything has come to life
Another chance to chase a dream
Another chance to feel
Chance to feel alive
Engraçado... ao ler o teu post lembrei-me de uma frase que retirei de um dos livros da Margarida Rebelo Pinto: "O medo é como um terreno minado; nunca o atravessamos mesmo que do outro lado estejam os nossos desejos." Eu não concordo, porque, como tu dizes, apesar do medo, arriscaste e ultrapassaste. No fundo, venceste o medo. É verdade que o medo anda de mãos dadas com outros sentimentos. Mas sabes porquê? Porque só assim damos um enorme valor ao outro sentimento. E depois, ele existe também para ser ultrapassado. :) Beijinhos :)
Não há vida sem medo, porque temos sempre algo a perder, nem que seja a nossa própria vida... Há também o medo do futuro, medo de não estarmos à altura de algo, medo de sofrer... O segredo está em conseguir vencê-los, enfrentando-os! Quanto aos livros, depende do que gostas. Eu pessoalmente adoro Gabriel Garcia Marquez e Isabel Allende. Bjns
o medo vai estar sempre presente mas torna-se pior se temos a consciência exacta de que ele existe; em todos os casos, temos de enfrentá-lo para vencer (tal e qual como disseste). obrigada pelas sugestões. beijinhos.
Olá Mafalda sim, nem sempre admitimos os nossos medos, andamos demasiado embriagados numa rotina que nos envolve de forma fácil...e não se torna urgente ultrapassa-los... acho que é isso... Um amigo do tabalho ofereceu-me este livro para ler nesta semana que estou de férias "A Ilha da Mão Esquerda" de Alexandre Jardin, edições Quasi. É diferente, confesso que me está a perturbar, talvez seja esse o objectivo...faz pensar... é sobre a busca do amor incondicional, vê este link http://ler.letras.up.pt/uploads/ficheiros/artigo10771 beijocas!
olá, minha querida. não é bom sinal quando não temos urgência em ultrapassar os medos... i guess ;) quanto ao livro, fui espreitar a página e cativou-me bastante! vou ver se o encontro. obrigada pela sugestão. beijinhos.
Deixa-me admitir que sim, tenho medo. Medo de não ser feliz, medo de não conseguir dizer o que sinto por quem sinto. Medo de sofrer mais por amor. Medo do amanhã, do hoje, dos fantasmas do passado, dos desafios do futuro. Viver com medo, é viver com mais coragem para fazer tudo para dar a volta por cima. Tenho medo especialmente de não conseguir ver um mundo melhor, sem falsidade, sem hipocrisia, sem maldade.
Amor, vi agora que ias escrever para a Fábrica sobre Vale de Cambra...Tu és de lá?? Tive um amigo que não vejo há muitos anos e de quem tenho imensas saudades que era de lá....*
assim pelo nome não estou a conhecer :( mas ainda não há muito tempo, dois amigos meus estudaram no politécnico :) até estava para te perguntar se os conhecias pois pensei que eras de lisboa e que estudavas na guarda mas depois percebi que é ao contrário e já não disse nada. beijinhos.