"Embora eu saiba que talvez tenha perdido para sempre a mulher que amo, preciso de me esforçar por viver todas as graças que Deus me deu hoje. A graça não pode ser economizada. Não existe um banco onde a possa depositar, para a utilizar quando voltar a estar em paz comigo mesmo. Se eu não usufruir destas bênções, vou perdê-las irremediavelmente.
Deus sabe que somos artistas da vida. Um dia dá-nos um martelo para esculpir, no outro dia pincéis e tinta para pintar um quadro, ou papel e caneta para escrever. Mas nunca conseguirei usar martelos em telas ou pincéis em esculturas. Portanto, mesmo sendo difícil, tenho de aceitar as pequenas bênções de hoje, que me parecem maldições porque estou a sofrer e o dia está lindo, o sol brilha, as crianças cantam na rua. Só assim conseguirei sair da minha dor e reconstruir a minha vida."
"O Zahir", Paulo Coelho
Este post não tem que ver com religião...
Tem que ver com fé!
A força que cada um de nós transporta!
A vontade que cada um de nós esconde!
A fé que todos nós devemos ter em nós próprios!
(imagem retirada da internet)
O luar enevoado e a chuva que cai...
O frio que não tenho e a distância que não sinto.
Tu que me olhas e eu que te abraço...
A paz que transmites é a paz que conquisto.
Se isto não é amor então não sei o que é,
Estou tranquila e o mundo pode acabar
Tranquila como o amor que me levas a sonhar.
Kiss From A Rose - Seal
There used to be a greying tower alone on the sea
You became the light on the dark side of me
Love remains a drug that's the high and not the pill
But did you know that when it snows
My eyes become larger
And the light that you shine can't be seen?
Baby, I compare you to a kiss from a rose on the gray
The more I get of you, the stranger it feels, yeah
Now that your rose is in bloom
A light hits the gloom on the gray
There is so much a man can tell you
So much he can say
You remain my power, my pleasure, my pain
Baby, to me you're like a growing
Addiction that I can't deny
Won't you tell me, is that healthy, baby?
But did you know that when it snows
My eyes become large
And the light that you shine can't be seen?
Baby, I compare you to a kiss from a rose on the gray
The more I get of you, the stranger it feels, yeah
Now that your rose is in bloom
A light hits the gloom on the gray
I've been kissed by a rose on the gray
I've been kissed by a rose on the gray
And if I should fall, will it all go away?
There is so much a man can tell you
So much he can say
You remain my power, my pleasure, my pain
Baby, to me you're like a growing
Addiction that I can't deny
Won't you tell me, is that healthy, baby?
But did you know that when it snows
My eyes become larger
And the light that you shine can't be seen?
Baby, I compare you to a kiss from a rose on the gray
The more I get of you, the stranger it feels, yeah
Now that your rose is in bloom
A light hits the gloom on the gray
Now...that your rose is in bloom...
A light hits the gloom
On the gray.....
De que valem as lágrimas derramadas sobre o que passou?
De que valem sonhos fantasiados naquele conto encantado que nunca existiu?
Já não visto vestidos de princesas, não festejo festas na corte...
Mas continuo aqui, continuo a ser eu!
Viva La Vida - Coldplay
I used to rule the world
Seas would rise when I gave the word
Now in the morning I sweep alone
Sweep the streets I used to own
I used to roll the dice
Feel the fear in my enemy's eyes
Listen as the crowd would sing:
"Now the old king is dead! Long live the king!"
One minute I held the key
Next the walls were closed on me
And I discovered that my castles stand
Upon pillars of sand, pillars of sand
I hear Jerusalem bells are ringing
Roman Cavalry choirs are singing
Be my mirror my sword and shield
My missionaries in a foreign field
For some reason I can not explain
Once you know there was never,
Never an honest word
That was when I ruled the world
It was the wicked and wild wind
Blew down the doors to let me in.
Shattered windows and the sound of drums
People could not believe what I'd become
Revolutionaries wait
For my head on a silver plate
Just a puppet on a lonely string
Oh who would ever want to be king?
I hear Jerusalem bells are ringing
Roman Cavalry choirs are singing
Be my mirror my sword and shield
My missionaries in a foreign field
For some reason I can not explain
I know Saint Peter will call my name
Never an honest word
And that was when I ruled the world
Hear Jerusalem bells are ringings
Roman Cavalry choirs are singing
Be my mirror my sword and shield
My missionaries in a foreign field
For some reason I can not explain
I know Saint Peter will call my name
Never an honest word
But that was when I ruled the world
Ainda me lembro do primeiro filme que vi no cinema...
Ainda me lembro-me do lugar exacto onde me sentei (apesar do edifício ter fechado há uns bons dez ou quinze anos)...
Ainda me lembro-me de saltitar do colo do meu pai para o colo das minhas irmãs...
Ainda me lembro-me dos rebuçados que voavam pelo ar à espera que alguém os agarrasse...
Ainda me lembro daquela excitação, do fascínio, da alegria...
Tinha sete anos!
O primeiro filme que vi no cinema foi "Um Polícia No Jardim-Escola" e isso nunca irei esquecer.
Qual é aquele filme que viram quando eram (mais) novinhos e que modificou a vossa vida?
Aquele filme que realmente vos marcou?
"O Piano", é a minha resposta.
Tinha nove anos quando estreou no cinema e eu, sem perceber nada do assunto, ouvia as minhas irmãs a comentar...
Quando passou na tv pela primeira vez foi o delírio.
Ainda hoje tenho a cassete velhinha (e provavelmente estragada) e ai de quem lhe mexer!!
Tenho o cd da banda sonora (cuja capa já começa a quebrar).
Foi também o primeiro filme em dvd que comprei.
Se me perguntarem, não sei o que mais me cativou em toda a história...
Se a Ada, que não fala desde os seis anos, incapaz de se separar do seu piano;
Se a pequena Flora que, mesmo revoltada, fantasia com contos de fadas;
Se aquela realidade dos casamentos combinados;
Se a música tão penetrante (tocada ao piano pela própria actriz, Holly Hunter);
Se...
Se...
Se...
....
The Heart Asks Pleasure First - Holly Hunter
(compositor: Michael Nyman)
Depois de no sábado à noite ter (re)visto "Pulp Fiction", no domingo (também à noite) tive a oportunidade de ver "21 Gramas".
Confesso que este último era um filme que nunca me chamou muito a atenção, talvez por eu apenas conhecer o nome e o elenco... Em relação ao argumento, estava completamente em branco.
Se não fosse uma amiga a recomendar, provavelmente eu não o teria visto... Mas eu sei que recomendações feitas por ela são para levar à risca; então, na primeira oportunidade que tive, não deixei escapar.
"21 Gramas" é essencialmente um filme perturbante, frenético, capaz de roubar a mais distraída das atenções!
Com um argumento genial, "21 Gramas" é uma lição, um exemplo da reviravolta que a mais calma das vidas pode dar!
"21 Gramas" passou a ser um dos meus filmes preferidos!
Se, acidentalmente, alguém matasse a(s) pessoa(s) que mais amam... Como reagiriam?
Seriam capazes de perdoar?
Eu sou uma daquelas românticas incuráveis que não se vê a ter vida própria ou, para não dramatizar, isso a que se chama de "vida própria" teria de ser "vidas próprias" pois eu sei que um dia vou deixar de viver só por mim.
Isso não é necessariamente mau.... Pelo menos para mim!
Não é por ter grandes exemplos disso mas acredito que o casamento seja para toda a vida. Quando duas pessoas decidem casar é porque não existem dúvidas; será para sempre.
Imagino-me assim...
Numa infindável história de amor, com os seus problemas (pois claro!) e também com soluções. Uma história com sorrisos e com alegrias, onde nunca existe a palavra "separação".
Mas isto sou eu... Que vivo num mundinho encantado, à parte, onde tudo é feito à minha medida.
Talvez por isso, ainda sonhe com um Romeu disposto a morrer por mim e eu, qual Julieta!, morreria por ele.
Na verdade, já não existem histórias de amor...
Não como antigamente!
Hoje em dia apenas existem as relações "descartáveis" onde aquilo que é hoje poderá deixar de sê-lo amanhã!
Mas eu... Ai eu!
Sou uma romântica incurável!
E em todos os meus sonhos mora um príncipe que desafia a mais terrível feiticeira para me salvar; mora um guerreiro capaz de matar quem se atravessar no seu caminho só para me ver à distância; mora um anjo que recusa a eternidade para ficar comigo (qual "Cidade dos Anjos"!); mora um poeta que escreve as mais belas palavras quando pensa em mim,...
Em todos os meus sonhos moras tu, comum mortal, porque me fazes rir e acreditar nas histórias de amor que já não existem mais.
Kissing You - Des'ree
... terror!
Muito terror!
É o que me apetece escrever mas... Será verdade?
Apetece escrever "sim, é verdade" mas... Será correcto?
Não! Não é correcto!
Uma vida sem sobressaltos é monótona demais!
Pensando bem, a minha vida dava um filme de...
Fantasia!
Uma mistura de "À Procura Da Terra Do Nunca" com "Stardust"...
Muita imaginação, projecção de sonhos, escrita à mistura, drama, maldade, inocência e... um "final feliz" escondido!
E a vossa vida? Dava um filme de...?
(adoro esta música)
All Summer Long - Kid Rock
... e não me tornei!
Mas descobri que tenho uma mãozinha para a cozinha!
Desde um simples doce de limão aos bifes com molho de natas e cogumelos; pudim de vinho do porto e pudim de pão (obrigada Ana Maria)... Até já faço bacalhau com natas!!!
E, tal como todos os "super-heróis", tenho a minha nemesis: o arroz.
Arroz é que não!
Qual é a vossa nemesis? (não necessariamente na cozinha)
Para finalizar, deixo uma musiquinha que, embora não faça o meu estilo, é-me completamente irresistível:
Cre Saber - Carlos Silva & Nélson Freitas
Eram 15h de uma sexta-feira quente. Eu olhava à volta e estava abismada com o que via. Embora aquele fosse um local de muita procura (principalmente nos meses de Verão) nunca antes estivera tão cheio.
"À pinha", era a descrição certa.
Tive a sorte de arranjar uma mesinha no canto mais escondido mas sabia que aquele sentimento não estava para durar pois, mais cedo ou mais tarde, alguém se chegaria à frente e, muito simpaticamente, pediria para se sentar... Tal como naqueles restaurantes onde os camionistas (e não só) juntam-se numa mesa, almoçam e, no fim, cada um vai à sua vidinha.
Era nisso que estava a pensar quando pediste para te sentares.
Anuí, sem te prestar muita atenção, e rapidamente olhei para o balcão na esperança de deslumbrar o meu café que, alegria das alegrias, já vinha a caminho.
Não me lembro se me despedi de ti; julgo que sim porque sei que me respondeste qualquer coisa que eu não ouvi.
Um semana mais tarde, mesma hora, mesmo local.
Menos confusão, mais mesas vazias; parecia uma outra dimensão.
A minha mesinha do canto estava desocupada (tal como metade das restantes). Não tomei café (estava oficialmente proibida de tomar café e seus "derivados") e, pela primeira vez, pensei em ti mais conscientemente.
Quando ia a sair, tu ias a entrar; ficamos frente-a-frente e, tal como eternos conhecidos, sorrimos.
Eu saí... Tu entraste.
Na terceira semana eu só era capaz de pensar na fome que estava a sentir...
Sexta-feira, mesmo local, 14h30m.
Não tinha almoçado e estava com aquela irritação de quem quer comer mas que não vê nada que lhe cheire.
Cheguei mais cedo com a intenção de fazer a conhecida refeição "almoço - lanche" (era muito tarde para ser almoço, era muito cedo para ser lanche) mas aquela hora? Já não havia nada digno de se comer.
Quis sentar-me na mesa do costume, com o sumo do costume, mas tu...
Tu escolheste um dia mau!
Olhei à volta, não é que o local estivesse completamente cheio (porque não estava) mas tu foste ocupar o "meu" espacinho.
Já ia a caminhar naquela direcção quando te vi e tu, que me viste também, sorriste de novo e fizeste um daqueles gestos como quem diz " podes vir para aqui".
A última coisa que eu queria naquele momento era companhia, ainda por cima de alguém que eu não conhecia... Mas era a minha mesa! No meu cantinho sossegado!
- Vou já sair - disseste quando me sentei.
- Não é preciso.
Simpatia acima de tudo.
- Não, tenho mesmo de ir. Não é que seja crucial mas... Bem, tenho umas coisas para tratar.
"Adeusinho!", pensei.
- Estavas muito agitada ao balcão! - continuaste.
- Hã?! Não! Só queria trincar alguma coisa, estou cá com uma fome...
"Trincar alguma coisa"? "Estou cá com uma fome?", mas o que é isto?!
Abanei a cabeça para despistar os pensamentos.
- O que foi? - perguntaste num tom de voz que até então não tinha ouvido.
- Nada! - apressei-me a responder. - Vim para qui demasiado cedo e agora vou ter de empatar até chegar à hora de ir.
- Para...?
- Para onde tenho de ir - rematei.
Sorrimos e, magia, a irritação começava a passar.
Deu-se um momento de silêncio... Um vazio no espaço em que só conseguimos pensar numa maneira de o parar. Pensei mil e uma coisas e nada me pareceu adequado para conversar. Mas eu não te conhecia! Íamos conversar sobre quê?!
Disseste o teu nome e estendeste a mão... Aceitei o cumprimento e apresentei-me.
"Apresentações", pensei, "boa ideia!".
- Sabes - comecei por dizer - Vou acabar o sumo e pôr-me a andar daqui para fora. Não vou ficar aqui mais quarenta e cinco minutos... Isto está muito agitado para o meu gosto.
- Pensei que ias "trincar qualquer coisa" - sublinhaste.
- Não há aqui nada que se trinque - trocei.
- Conheço um sítio...
"Conheço um sítio"? Que original!
- E? - perguntei na expectativa.
- E posso levar-te lá.
- Eu também conheço muitos sítios.
Tu sorrias e eu não estava a achar piada.
- Mas este é especial! Gostas de frango?
- Toda a gente gosta de frango.
- Não é necessariamente verdade mas vou levar isso como um "sim". Anda!
Levantaste-te e esperaste que eu fizesse o mesmo (coisa que não fiz).
- Anda! - pediste - Vais ver que não te arrependes. Prometo!
E eu fui.
Ensinaram-me a não falar com estranhos e, muito menos, não ir com eles fosse para onde fosse... Mas eu fui.
Não conhecia o sítio em questão, nunca tinha ouvido falar, mas a verdade é que não me arrependi (tal como tinhas prometido).
Depois de uma sanduíche de frango com um sumo natural de laranja, aquele parecia-me o melhor dia de sempre.
Por aquela hora eu já sabia tudo de ti, o que fazias e não fazias, o que estavas a estudar e o porquê, o que gostavas e não gostavas, etc. E olhei para o relógio...
15h20m.
- Tenho de ir.
- Só estás a dizer isso para te veres livre de mim.
- Não! Tenho mesmo de ir.
- Acompanho-te!
- Não tinhas de ir tratar não sei do quê?
- Agora já é tarde, fica para outro dia.
Caminhamos numa boa disposição de quem se conhece desde sempre...
Muitas sextas-feiras passaram.
Meses voaram...
E é engraçado só agora eu ter reparado que nesta mesa tão escondida, neste canto tão sossegado, a luz é óptima para escrever...
Mas isso vai ter de ficar para outro dia.
Vejo-te chegar...
meu blog na revista brasileira de música
o estranho caso de benjamin button
o que aqui revelo é para ficar entre nós