Domingo, 20 de Abril de 2008

 

Tudo começou com "A Walk To Remember "...

Segui-se "O Pequeno Rei Mário" e "O Teu Nome Escrito Com Arroz".

Não foram planeados... Estes textos.

Mas aqui está:

 

Dizem que a palavra "saudade" é exclusiva da língua portuguesa...

Dizem que não há tradução possível.

É como o significado que a própria palavra tem...

Que significado lhe darias?

Eu dou-lhe os meus sentimentos.

"Saudade" é o que sinto mas que não sei explicar.

Se me obrigasses a definir a palavra "saudade" eu diria:
 

- É derramar lágrimas sempre que penso em ti.

 

Tenho saudades tuas.

 

Ou seja, penso em ti a toda a hora, sonho contigo nos trinta minutos que consigo dormir seguidos, espero encontrar-te sempre que ponho os pés fora desta casa...

Destas paredes.

Muralhas...

Muro das lamentações!

 

Por vezes ligo o rádio e digo para mim mesma que é a solução para ter uns minutos de descanso, mas é então que uma palavra, uma frase, uma melodia, traz-te de volta  mim.

Ligo a televisão. Tenho a certeza de que aquele filme será capaz de me envolver, de me afastar do meu mundo, mas aquele actor, nem sei o nome, é tão parecido contigo.

Tão parecido e tão diferente...

Espera! Já sei!
 

Os olhos... Os olhos dele são os teus.

Aquela expressão... Já te vi assim.

 

Encontro-te nos locais mais improváveis.

Encontro-te sem te encontrar... Pois não estás comigo.

Encontro-te sem te perder... Pois não cheguei a largar-te.

 

Fazes-me acreditar em anjos.

Pequenos anjos que descem à Terra com mensagens de esperança.

Fizeste de mim uma eterna criança.

Era criança quando te conheci e continuo a sê-lo pois ainda acredito no "Final Feliz".

Era assim que eu pensava que iríamos acabar:
 

 Sem acabar!

 

Tenho saudades tuas!

 

Se estivesse aqui, tudo o que ouvirias seria:
 

- Tenho

E as minhas lágrimas dir-te-iam o resto.

 

Ontem foi sábado.

Encontrávamo-nos sempre aos sábados... Lembras-te?

Parece que foi há tanto tempo!

Ontem foi sábado mas, no fundo, não quis encontrar-te.

Não quero ter de olhar para ti e dizer um simples olá, dois beijinhos, e a vida continua... Ou então estar com essa ideia (a de te encontrar) e não conseguir fazê-lo.

São coisas que me levam a parar.

Quero ver-te mas não quero ver-te.

Quero falar-te mas não quero falar-te.

Quero mas não quero.

Apenas quero que saibas que em nada mudaram os meus sentimentos mas não quero ser eu a indicar-te este caminho.

 

Sempre te vi acima das outras pessoas.

Tu próprio disseste que nem tu eras capaz de te ver em tão alta consideração.

Esses dias...

Eram dias de pura inspiração.

Tenho um caderno com cada um dos textos que me levaste a escrever. Um caderno, folha a folha, todo escrito...

Espero, um dia, oferecer-to.

 

Hoje, enquanto escrevo, não estou em frente ao computador. Estou à janela; aquela janela de onde vejo a montanha tocar no céu, lá longe... Quase tão longe como tu estás de mim.

Foi este céu que te deixou cair?
 

Foi naquela montanha que aterraste?

Já lá estivemos... Na montanha.

Há quanto tempo?

Não sei o "antes", não sei o "depois".

Mas sei que foi lá que dividimos o nosso primeiro cigarro.

Quantos se seguiram?

Hoje tudo é diferente...

Tu não fumas, eu não fumo, tu não pensas em mim e eu...

Eu continuo sem saber viver sem ti.

 

Ontem foi sábado...

Sabes o que estive a fazer?

Estive a ver o segundo e o terceiro filmes de "Os Piratas das Caraíbas".

E vi-os sem deixar de pensar em ti.

Um dia, estavas chateado, estavas indignado... Tudo porque o Marlon Brandon disse, numa entrevista, que considerava o Johnny Depp o melhor actor de todos os tempos.

Achei-te uma piada! (mais do que aquela que já achava)

- O Johnny Depp!

Dizias, incrédulo.

Sim, porque, para ti, o melhor actor é o Al Pacino.

 

É assim...

É sempre assim...

Passamos por tanta coisa, por tantos locais... Tantos momentos! Que me é impossível não pensar em ti a toda a hora, na mínima coisa, no mais pequeno dos pormenores.

 

Estás em tudo.

 

Ainda mais estás no meu coração.

 

E, eu, que tantas saudades tenho, ando a divagar por recordações.

Por memórias que, talvez, já nem te lembres.

- Isto aconteceu?

Poderás perguntar.

E eu digo que sim. Aconteceu e marcou-me ao ponto de eu não conseguir esquecer.

Como aquele dia, tão normal, em que eu ia a caminho da aula de Português e disse a elas:

- Vão vocês.

E voltei para trás só para estar contigo mais uns minutos.

- A tua aula?

Perguntaste.

E eu respondi com outra pergunta:

- Que interesse tem "Frei Luís de Sousa"?

E ali ficámos, cinquenta minutos, sentados no chão, a falar não sei do quê, sobre não sei o quê...

Ou como naquela aula teórica de Educação Física (que parvoíce!) em que ninguém ligava ao que o professor dizia...

Tu escrevias e desenhavas na capa do meu caderno preto (ainda hoje o guardo) e, por vezes, trocavamos ideias sobre música (sempre a música). Chegamos mesmo a cantar algumas... Muito baixinho.

 

- Isto aconteceu?

Podes perguntar.

E eu dar-te-ei todas as certezas.

 

Tenho tantas saudades tuas...

 

 

Escolhi uma música.

Lembras-te quando eu te dizia: "Hoje dedico-te..." e escolhia uma música?

Pois hoje escolhi palavras e sons que me fazem chorar sempre que as ouço.

Para ti:

 

Missing - Evanescence

 

 

Please, please forgive me

But I won't be home again

Maybe someday you'll look up

And, barely conscious, you'll say to no one:

"Isn't something missing?"

 

You won't cry for my absence, I know

You forgot me long ago

Am I that unimportant?

Am I so insignificant?

Isn't something missing?

Isn't someone missing me?

 

Even though I'm the sacrifice

You won't try for me, not now

Though I die to know you loved me

I'm all alone

Isn't someone missing me?

 

Please, please forgive me

But I won't be home again

I know what you do to yourself

I breathe deep and cry out

Isn't something missing?

Isn't someone missing me?

 

Even though I'm the sacrifice

You won't try for me, not now

Though I die to know you loved me

I'm all alone

Isn't someone missing me?

 

And if I bleed, I'll bleed

Knowing you don't care

And if I sleep just to dream of you

I'll wake without you there

Isn't something missing?

Isn't something...

 

Even though I'm the sacrifice

You won't try for me, not now

Though I die to know you loved me

I'm all alone

Isn't something missing?

Isn't someone missing me?

 


música missing - evanescence

publicado por mafalda às 13:16 | link do post | comentar

14 comentários:
De Sorrisoduplo a 21 de Abril de 2008 às 08:54
Sempre tão bem...
Bebo as tuas palavras...

Bjinho


De mafalda a 21 de Abril de 2008 às 11:26
obrigada, querida amiga.
beijinhos.


De coisasdecoracao a 21 de Abril de 2008 às 10:28
Querida não pode ser, não te podes deixar afundar nessa tristeza,
O texto está lindo, não é por aí, mas penso que te estás a torturar de mais.
Vamos por partes, das duas uma:
Se esse amor é mesmo só parte de um passado, e por uma razão ou por outra aches que não há mesmo volta a dar, tens que reagir, não podes estar amarrada assim á saudade, lembra-te que as lembranças são maravilhosas mas é quando já não doi, até sarar a ferida o melhor a fazer é camuflá-la com um adesivo bem forte, ou seja, não podes estar constantemente a pensar nele, tens que a deixar sarar ao vento, livre, e quando menos esperares a ferida já cicatrizou e aí sim as lembranças já não te vão voltar a magoar.
A outra parte é:
Ainda nada está perdido e não estás a conseguir viver sem o teu amor, de que estás á espera para ires á luta???
Porquê que não queres ser tu a mostrares-lhe o caminho, no amor não podemos deixar o orgulho falar mais alto, ele arruína por completo o nosso sentimento.
Não tenhas medo se essa fôr a tua vontade, só te deves arrepender (se tiveres que te arrepender) do que tenhas feito, nunca queiras ficar sem saber como teria sido se o tivesses feito.
Por isso vamos embora, levanta a cabeça, equipa-te para a "guerra", e vamos lá, sai da muralha e combate com todas as tuas forças até á exaustão, e verás que no final vais estar mais forte, mesmo que acabes vencida, ganharás a certeza que precisas agora para te desligares por completo, se fôres a vencedora, melhor ainda, verás que estavas a sofrer em vão, e que nada se ganha sem luta, força e coragem!!!
Um beijo do tamanho de um "batalhão"


De mafalda a 21 de Abril de 2008 às 11:52
vamos então por partes:
primeiro: não sei se este amor é parte do passado, portanto também não sei se haverá ou não volta a dar. não depende de mim, mas, bem lá no fundo, acho que nem tudo está perdido. eu pensava que já o tinha esquecido, até fiz um post sobre isso, mas não sei o que aconteceu (o "não sei" é tão frequente que até assusta). é como escrevi: há sempre uma ou outra coisa que me faz lembrá-lo. por vezes estou distraída com qualquer coisa (um filme, por exemplo) e aparece uma cena qualquer, a coisa mais comum, em que eu o vejo... há sempre alguma parte onde o vejo; um olhar, uma palavra, uma situação, etc., ele está em tudo. eu bem sei que ele não tem culpa disso (e nem eu o culpo) mas começa a ser angustiante.
segundo: ir à luta... na minha opinião, ir à luta será o mais fácil, o pior será, eventualmente, perder. não quero ser eu a indicar-lhe este caminho porque tenho medo ("medo" detesto esta palavra) do que ele poderá pensar. parece estranho... talvez fosse mais "bonito" deixar que ele caísse aqui (claro que isto poderá nunca acontecer) e identificar-se com o que lê à medida que vai lendo. ao ser eu a indicar, ele poderá pensar "ela andou para ali a escrever tudo e mais alguma coisa para, no fim, atirar-mo à cara". ele não é pessoa para pensar uma coisas dessas mas há sempre essa hipótese.
mas, por outro lado, não posso andar a lamentar se nem sequer sei se isto me levará a algum lado. e, para ir a algum lado, ele terá de ler... terá de saber que, para mim, ainda não acabou.
começo a pensar que tens razão, que o melhor será indicar-lhe o caminho mas o medo (ah... o medo...) prevalece. posso tornar as coisas muito piores.
obrigada pelo teu comentário.
não sei que mais dizer...
ler as tuas palavras ajuda-me a assentar os pés... ajuda-me a ver as coisas de um ângulo mais real e menos "trágico".
obrigada pela força.
é sempre bom saber que não estou sozinha para a luta que se avizinha.
simplesmente, obrigada!!!
beijinhos, querida amiga.


De coisasdecoracao a 21 de Abril de 2008 às 15:40
Então é assim, percebo perfeitamente o que dizes, entendo quando dizes que era mais "bonito" se ele viesse a saber de alguma maneira o que se está a passar contigo, mas na realidade ele vir a ler o teu blog penso que seja um pouquinho mais difícil, mas não pode ser essa a única maneira de ele saber das coisas, cabe-te a ti arranjares uma maneira, sem que te tenhas que te expôr assim tanto, para que ele se possa aperceber das coisas.
Tu és uma Mulher, que mais é precisas para além da sabedoria, do sexto sentido, da perspicácia que fáz de nós o ser mais maravilhoso que existe
Então vamos lá rapariga, se dizes que lá no fundo talvêz ainda nada esteja perdido, então de quê que estás á espera, e quanto ao medo não pode ser mais forte que tu, nem ele nem o orgulho, e não te esqueças (aliás acho que já disse)que mais vale te arrependeres do que fizés-te do que nunca saberes como teria sido... se tivesses feito!!!
Acredita em mim, é verdade o que te digo.
Se as coisas não correrem como esperavas, ( o que pode acontecer) vais ter uma certeza, tentás-te , fizes-te tudo por esse amor, mas ele não tinha que ser teu.
Agora chega de dúvidas, vamos agir, não fiques á espera que as coisas te caiam do céu, essa não pode ser a jianna, não acredito que assim sejas...
Força e um grande beijinho cheio de boas energias


De mafalda a 21 de Abril de 2008 às 16:20
eu acho que a melhor maneira de ficar a saber é mesmo ele vir até aqui e ler... não vejo outra forma. e, para isso, terei de ser eu a dizer-lhe.
não me importo de me expor, nada do que eu publiquei é mentira e também não tenho receio que ele saiba quão fortes são os meus sentimentos.
tens razão: mais vale fazê-lo e perder do que simplesmente não fazer.
será pior ficar para na dúvida para todo o sempre.
vou arranjar força... aos poucos...
obrigada, querida amiga.
se soubesses como me iluminaste a consciência...
beijinhos.


De pingodemel a 21 de Abril de 2008 às 10:30
olá bom dia...
...hum...essa tristeza ainda por aí anda?...
deixo um sorriso com a intençãp desses dias melhorarem
beijo grande


De mafalda a 21 de Abril de 2008 às 11:29
bom dia.
obrigada pelo sorriso... ilumina um pouco mais o meu caminho.
beijinhos.


De Subjectividades a 21 de Abril de 2008 às 16:29
Oi minha querida!

Eu também bebo as tuas palavras!
E matam-me a sede acredita!
É sempre um prazer vir aqui onde me identifico tanto
Eu diria que saudade também pode ser falar com as flores, escutar os sons de um jardim, falar com o sol, com a lua...enfim há tanto por onde se chega á saudade e tão pouco para a mandar embora né!

Bjinho


De mafalda a 21 de Abril de 2008 às 17:06
olá.
tens tanta razão... podem existir mil definições de "saudade" mas atenuá-la é outro assunto.
estou contente por gostares do que lês mas fico triste por esse "onde me identifico tanto"... a vida não deveria ser assim.
beijinhos.


De sandra a 22 de Abril de 2008 às 18:00
Tenta nao pensar tanto no passado, por muito que nao queiras que seja passado. olha em frente, vive para o futuro.

beijinhos


De mafalda a 22 de Abril de 2008 às 22:34
é um bom conselho...
palavras sensatas...
mas é tão difícil!
obrigada pela força.
beijinhos.


De patypinheiro a 19 de Maio de 2008 às 10:26
Fizeste-me viajar... retroceder no tempo...e recordar... recordar um amor... que saudades...

Bonito texto, Parabéns!!!


De mafalda a 19 de Maio de 2008 às 13:18
obrigada pelo elogio!
também fiz uma longa viagem ao passado enquanto escrevia estes textos e tudo o que recordei são momentos que não esquecerei... mas ficou tanto por contar!!!
beijinhos.


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