Tudo começou com "A Walk To Remember "...
Segui-se "O Pequeno Rei Mário" e "O Teu Nome Escrito Com Arroz".
Não foram planeados... Estes textos.
Mas aqui está:
Dizem que a palavra "saudade" é exclusiva da língua portuguesa...
Dizem que não há tradução possível.
É como o significado que a própria palavra tem...
Que significado lhe darias?
Eu dou-lhe os meus sentimentos.
"Saudade" é o que sinto mas que não sei explicar.
Se me obrigasses a definir a palavra "saudade" eu diria:
- É derramar lágrimas sempre que penso em ti.
Tenho saudades tuas.
Ou seja, penso em ti a toda a hora, sonho contigo nos trinta minutos que consigo dormir seguidos, espero encontrar-te sempre que ponho os pés fora desta casa...
Destas paredes.
Muralhas...
Muro das lamentações!
Por vezes ligo o rádio e digo para mim mesma que é a solução para ter uns minutos de descanso, mas é então que uma palavra, uma frase, uma melodia, traz-te de volta mim.
Ligo a televisão. Tenho a certeza de que aquele filme será capaz de me envolver, de me afastar do meu mundo, mas aquele actor, nem sei o nome, é tão parecido contigo.
Tão parecido e tão diferente...
Espera! Já sei!
Os olhos... Os olhos dele são os teus.
Aquela expressão... Já te vi assim.
Encontro-te nos locais mais improváveis.
Encontro-te sem te encontrar... Pois não estás comigo.
Encontro-te sem te perder... Pois não cheguei a largar-te.
Fazes-me acreditar em anjos.
Pequenos anjos que descem à Terra com mensagens de esperança.
Fizeste de mim uma eterna criança.
Era criança quando te conheci e continuo a sê-lo pois ainda acredito no "Final Feliz".
Era assim que eu pensava que iríamos acabar:
Sem acabar!
Tenho saudades tuas!
Se estivesse aqui, tudo o que ouvirias seria:
- Tenho
E as minhas lágrimas dir-te-iam o resto.
Ontem foi sábado.
Encontrávamo-nos sempre aos sábados... Lembras-te?
Parece que foi há tanto tempo!
Ontem foi sábado mas, no fundo, não quis encontrar-te.
Não quero ter de olhar para ti e dizer um simples olá, dois beijinhos, e a vida continua... Ou então estar com essa ideia (a de te encontrar) e não conseguir fazê-lo.
São coisas que me levam a parar.
Quero ver-te mas não quero ver-te.
Quero falar-te mas não quero falar-te.
Quero mas não quero.
Apenas quero que saibas que em nada mudaram os meus sentimentos mas não quero ser eu a indicar-te este caminho.
Sempre te vi acima das outras pessoas.
Tu próprio disseste que nem tu eras capaz de te ver em tão alta consideração.
Esses dias...
Eram dias de pura inspiração.
Tenho um caderno com cada um dos textos que me levaste a escrever. Um caderno, folha a folha, todo escrito...
Espero, um dia, oferecer-to.
Hoje, enquanto escrevo, não estou em frente ao computador. Estou à janela; aquela janela de onde vejo a montanha tocar no céu, lá longe... Quase tão longe como tu estás de mim.
Foi este céu que te deixou cair?
Foi naquela montanha que aterraste?
Já lá estivemos... Na montanha.
Há quanto tempo?
Não sei o "antes", não sei o "depois".
Mas sei que foi lá que dividimos o nosso primeiro cigarro.
Quantos se seguiram?
Hoje tudo é diferente...
Tu não fumas, eu não fumo, tu não pensas em mim e eu...
Eu continuo sem saber viver sem ti.
Ontem foi sábado...
Sabes o que estive a fazer?
Estive a ver o segundo e o terceiro filmes de "Os Piratas das Caraíbas".
E vi-os sem deixar de pensar em ti.
Um dia, estavas chateado, estavas indignado... Tudo porque o Marlon Brandon disse, numa entrevista, que considerava o Johnny Depp o melhor actor de todos os tempos.
Achei-te uma piada! (mais do que aquela que já achava)
- O Johnny Depp!
Dizias, incrédulo.
Sim, porque, para ti, o melhor actor é o Al Pacino.
É assim...
É sempre assim...
Passamos por tanta coisa, por tantos locais... Tantos momentos! Que me é impossível não pensar em ti a toda a hora, na mínima coisa, no mais pequeno dos pormenores.
Estás em tudo.
Ainda mais estás no meu coração.
E, eu, que tantas saudades tenho, ando a divagar por recordações.
Por memórias que, talvez, já nem te lembres.
- Isto aconteceu?
Poderás perguntar.
E eu digo que sim. Aconteceu e marcou-me ao ponto de eu não conseguir esquecer.
Como aquele dia, tão normal, em que eu ia a caminho da aula de Português e disse a elas:
- Vão vocês.
E voltei para trás só para estar contigo mais uns minutos.
- A tua aula?
Perguntaste.
E eu respondi com outra pergunta:
- Que interesse tem "Frei Luís de Sousa"?
E ali ficámos, cinquenta minutos, sentados no chão, a falar não sei do quê, sobre não sei o quê...
Ou como naquela aula teórica de Educação Física (que parvoíce!) em que ninguém ligava ao que o professor dizia...
Tu escrevias e desenhavas na capa do meu caderno preto (ainda hoje o guardo) e, por vezes, trocavamos ideias sobre música (sempre a música). Chegamos mesmo a cantar algumas... Muito baixinho.
- Isto aconteceu?
Podes perguntar.
E eu dar-te-ei todas as certezas.
Tenho tantas saudades tuas...
Escolhi uma música.
Lembras-te quando eu te dizia: "Hoje dedico-te..." e escolhia uma música?
Pois hoje escolhi palavras e sons que me fazem chorar sempre que as ouço.
Para ti:
Missing - Evanescence
Please, please forgive me
But I won't be home again
Maybe someday you'll look up
And, barely conscious, you'll say to no one:
"Isn't something missing?"
You won't cry for my absence, I know
You forgot me long ago
Am I that unimportant?
Am I so insignificant?
Isn't something missing?
Isn't someone missing me?
Even though I'm the sacrifice
You won't try for me, not now
Though I die to know you loved me
I'm all alone
Isn't someone missing me?
Please, please forgive me
But I won't be home again
I know what you do to yourself
I breathe deep and cry out
Isn't something missing?
Isn't someone missing me?
Even though I'm the sacrifice
You won't try for me, not now
Though I die to know you loved me
I'm all alone
Isn't someone missing me?
And if I bleed, I'll bleed
Knowing you don't care
And if I sleep just to dream of you
I'll wake without you there
Isn't something missing?
Isn't something...
Even though I'm the sacrifice
You won't try for me, not now
Though I die to know you loved me
I'm all alone
Isn't something missing?
Isn't someone missing me?
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