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A minha princesa está bem, está esperta e muito activa mas ninguém lhe tira as dores quando faz o curativo.
Embora ela se aguente bem durante o dia (e noite) o que ela chora no hospital já dá para todas as horas em que não chora.
Na segunda-feira rasparam-lhe a pele queimada para que uma nova pele possa nascer. Ainda sinto um nó no coração quando me recordo da cara de sofrimento dela depois deste "procedimento".
A mãozinha direita já anda sem ligadura, o que dá para ver quão grande é a queimadura.
As perninhas sofreram queimaduras de 3º grau e ontem as senhoras donas enfermeiras deixaram ficar a tampa da pomada entre a ligadura e o corpo! A minha menina queixava-se que doía mas, obviamente, pensávamos que eram as dores normais, só quando ela foi à casa-de-banho é que a dita tampa caiu ao chão. Parece-me impossível...
Há uma ou outra queimadura nas costas, no cotovelo, na barriga das pernas e no tornozelo; esta última faz com que ela só consiga calçar chinelos ou pantufas.
Continuo a dar graças por não lhe ter apanhado a cara/cabeça.
Muito obrigada a todos que deixaram palavrinhas de apoio!
Ps. Amanhã vou comprar o livro do Luís. Tenho de expressar isto no blog que é para não adiar mais! Assim não posso fugir... De amanhã não passa! ;) "Para ti" será, finalmente, para mim :)
O dia correu bem, correu magnificamente bem.
Ri...
Chorei a rir...
Voltei a rir...
O dia correu mesmo bem.
... Até que...
Cheguei a casa, esperei pelas 21 horas para fazer o diário telefonema para a minha irmã e ela não atendeu.
Não me preocupei muito pois não é nada que não seja habitual, ou porque não ouve o telefone, ou porque está ao telefone com outra pessoa, etc.
Durante vinte e cinco minutos tentei ligar-lhe para o telefone fixo... E nada!
Mandei-lhe uma mensagem para o telemóvel... E nada!
Dois ou três minutos depois, o telefone toca, eu atendo e a minha diz-me que está a chegar das urgências...
- Uma frigideira de óleo a ferver caiu em cima da Filipa.
Eu fiquei calada, a tentar decifrar o que tinha acabado de ouvir.
A menina dos meus olhos (que mencionei nestes posts e aqui) e óleo a ferver são coisas que não combinam!
Lembro-me de ter respirado fundo e de perguntar o que é que lhe tinham feito, se lhe tinham colocado ligaduras (que coisa mais parva de se perguntar) e, enquanto a minha irmã tentava explicar os locais dos ferimentos, eu disse "vou já para aí" e desliguei.
Não quis saber da roupa que tinha vestida (o pijama), não quis saber do calçado que levava (chinelos de quarto), não quis saber de ter acabado de tomar banho e de estar como cabelo a pingar... Peguei nas chaves e lá fui eu.
A viagem, de cinco minutos (talvez menos) pareceu-me interminável.
Quando cheguei ao destino, quando toquei à campainha, quando me abriram a porta, só consegui correr para a sala e abraçar a minha menina.
A criança, sempre tão querida, só dizia "Não te preocupes, eu estou bem. Não chores que eu fico triste".
Como aconteceu:
Ela sentou-se no chão da cozinha para calçar umas pantufas, a frigideira escorregou do fogão, sem ninguém lhe tocar, e o óleo virou no chão até chegar-lhe ao corpo.
Felizmente, muito felizmente, não lhe caiu directamente no corpo, o que eliminou um cenário bem pior.
Ambas as coxas ficaram queimadas e a mão direita (que estava pousada no chão) também ficou queimada.
Agora ela porta-se como um adulto e é ela quem nos reconforta e diz que vai passar, que foi um acidente e que está melhor.
Se Deus existe, estava a olhar por ela!
A minha sobrinha passou este fim-de-semana em minha casa; era suposto ficar de sábado para domingo mas decide (sim, é ela quem decide) sempre, à última da hora, que quer passar mais uma noite (e o respectivo dia seguinte), portanto, acabou por chegar no sábado e ir embora hoje de manhã. Não sei se "passar" e "chegar" são os verbos correctos pois dão a sensação de que a distância entre nós é considerável, o que é uma ideia falsa pois estamos separadas por apenas 3 km.
Adiante...
Como estava a dizer, ela passou cá o fim-de-semana.
Sábado era um dia/noite especial... Depois do filme "Os Jacksons", na sic, e do concerto em Bucareste, na rtp1, ela adormeceu, na minha cama.
Domingo foi um bocado mais difícil... Dormiu pouco durante a noite e não fez a sua sesta, como é costume, durante a tarde; então, às 20h já era notável algum sono nos seus olhos. Acabou por adormecer no sofá, enquando via os Simpsons e eu, armada em espertalhona, deixei que pegasse bem no sono antes de levá-la para a cama.
Acontece que acordou às 22h30 com um estridente "não quero estar aqui!".
Levei-a para o sofá onde esteve não mais do que 15 minutos a ver o TGV (ou qual quer que seja o nome daquele programa que faz lembrar os Jogos Sem Fronteiras) antes de se lembrar de ver videos na net.
Depois dos videos, quis ir para a cama ver tv.
Acabou por adormecer às 2h da manhã e... acordou às 6h30!
Voltou a adormecer por volta das 7h e voltou a acordar às 9h30 com (mais um) estridente "quero leite!".
Tudo isto, na minha cama.
É! Não tenho tido noites fáceis, não! :)
Numa ida às compras com o meu sobrinho de 8 anos e com a sua irmã e, obviamente, minha sobrinha, de 4 anos:
Eu: Tenho de levar sabonetes.
A miúda: Leva estes que são cor-de-rosa.
O miúdo: Oh F., também só queres coisas que sejam cor-de rosa.
(a minha sobrinha é daquelas miúdas que só vêm o rosa à frente)
Eu: Não, não pode ser desses.
A miúda: Porquê?
Eu: Porque quero levar uns próprios para hidratar mais a pele.
A miúda: Para quê?!
Eu: Olha, para a pele não ficar seca.
A miúda: Então, toma banho mais vezes.
(longo momento de silêncio)
Eu: Bem, isto aqui são anti-rugas. Oh R., eu não tenho rugas, pois não?
O miúdo (depois de olhar atentamente para a minha cara): Não!
Eu: Eu sei! Estava a brincar.
O miúdo: Mas, espera! Isto aqui é uma borbulha, não é?
A minha sobrinha de quatro anos (aquela do "porco montado"), tendo a tia que tem, está dentro do panorama musical e do mundo do futebol.
Recentemente, depois de eu ter visto uma reportagem sobre os Europe Music Award's e antes de ela dormitar a sua sesta, tive a seguinte conversa com ela:
- Sabes quem é que eu vi nas notícias?
- O Di Maria (jogador de futebol do Benfica)?
- Não! O Bill (vocalista dos Tokio Hotel e que, segundo ela, é o seu namorado).
- O Bill nas notícias? A sério? O que é que ele estava lá a fazer?
- Foi receber um prémio.
- Ele jogou (futebol)?
- Não, filhinha. É um prémio da música. O Jared Leto também estava lá.
- O Jared Leto?!
- Sim.
- Como é que ele estava?
- Estava giro... Tinha uma camisola com o Barack Obama.
- E esse joga no Benfica?
- Quem, o Barack Obama?
- Sim.
- Não! É o presidente.
- Do Benfica, do Porto ou do Sporting?
- Da América!
- A América é do Benfica?
- Não! A América é um país assim como Portugal só que é muuuuuiiiito maior.
- Como? Do céu até à terra?
- Sim, do céu até à terra... Agora dorme.
É hábito cá em casa irmos dar uma volta ao centro comercial ao sábado de manhã e, obrigatoriamente, essa "volta" passa pelo hipermercado.
No dito hipermercado (quem é da zona de São João da Madeira ou arredores sabe do que escrevo) há uma zona de "take-away", ou seja, chegámos lá, dizemos à senhora o que pretendemos e levamos para casa pronto a comer.
Acontece que uma das coisas que nunca lá falha é o leitão cortado em pedaços e eu, para simplificar, digo à minha sobrinha de quatro anos que aquilo é um porco pequenino.
Ao princípio ela estava um bocadinho chocada... Não por ver carne em pedaços mas sim por ver a cabeça do leitão... Mas lá se habitou!
Um dia (não há muito tempo) calhou passarmos por essa zona e, em vez dos pedaços de carne, o leitão estava inteiro; foi então que a miúda ficou com um sorriso de orelha a orelha e, contente, gritou:
- Olha ali um porco montado!
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o estranho caso de benjamin button
o que aqui revelo é para ficar entre nós