Este sou eu com outra crise nervosa
A minha pressão caiu, o corpo foi com ela
A memória falha, sinto-me claustrofóbico
Eu grito uma dor silenciosa neste grande nada
Não há ninguém aqui
Diz-me quem está aí agora?
Quem está aí contigo?
Não atendo chamadas a não ser que seja a voz dela
Não vejo ninguém sem ser ela
Abro a caixa do correio a toda a hora
Talvez apanhe o carteiro
Eu quero ouvir algumas palavras de amor
Mas não nesta voz disléxica
Não eu não vou separar de ti
Mas não me deram escolha
Acho que tentei me manter vivo
Mas uma vez morto não havia nada a fazer senão
Levantar-me e deitar-me
À espera de um anjo
Que me acorde e diga:
"Olá. Não tenhas medo. Eu quero que saibas que não estás morto"
Beija-me, isto é um sonho?
Deverei acreditar? Por favor,
Promete-me que eu não me vou magoar desta vez.
Sou demasiado bom para ti? Ou estou apenas paranóico?
Deveria receber tratamento médico ou deveria falar mais alto?
Talvez eu devesse fechar os meus olhos durante anos
E esperar pelo sentimento mais forte de todos os sentimentos
Para nascer de ti.
Acho que tentei me manter vivo
Mas uma vez morto não havia nada a fazer senão
Levantar-me e deitar-me
À espera de um anjo
Que me acorde e diga:
"Olá. Não tenhas medo. Eu quero que saibas que não estás morto"
Beija-me, isto é um sonho?
Deverei acreditar? Por favor,
Promete-me que eu não me vou magoar desta vez.
Serei real? Serás real?
Isto será real? O que é real?
Então, serei real? Serás real? Isto será real?
Diz-me, o que é real?
Sou real?
"Angel Song", David Fonseca
meu blog na revista brasileira de música
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o que aqui revelo é para ficar entre nós